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terça-feira, 19 de novembro de 2013

OS MEIOS DE TRANSPORTE



OS MEIOS DE TRANSPORTE

Os meios de transporte são o reflexo da sociedade. Conforme o homem evoluía, a maneira de se transportar se transformava. Primeiro, a necessidade o fez  pensar em meios básicos para ajudá-lo, como construir botes para atravessar rios e usar animais domésticos como força de tração. Depois, a ciência o auxiliou: foram construídos meios de transportes mais rápidos, mais seguros e que chegavam cada vez mais longe, a ponto do homem conseguir chegar ao espaço.
Os transportes são divididos basicamente em três tipos: terrestres, aquáticos e aéreos. Os transportes terrestres podem ser divididos em rodoviário, ferroviário e tubular. Os aquáticos podem servir para fins comerciais e para as necessidades básicas de algumas comunidades ribeirinhas, onde é o único meio. Já os transportes aéreos, que são mais recentes, têm como vantagem a rapidez, são mais eficientes comercialmente e tem sido os preferidos para viagens internacionais e nacionais.


HISTÓRIA

Desde os primórdios até os tempos atuais, o homem constantemente cria instrumentos que atendem a sua necessidade de sobrevivência, bem-estar e de conforto: habitação, indumentária, adornos, móveis, instrumentos, formas de comunicação a distancia e armas, bem como o transporte.
Os meios de transporte sejam eles terrestres aquáticos ou aéreos, são utilizados para levar bens ou indivíduos de um lugar para outro. O primeiro tipo de transporte terrestre utilizado pelo homem parece ser sido o trenó. Os primeiros vestígios apareceram na Finlândia (Europa).
Dividiremos a história dos transportes, começando pelo terrestre, dando início nas planícies do oriente, com a domesticação dos animais, por volta de 4.000 a.C.. Neste período o homem percebeu que poderia usar a força animal para sua locomoção e o transporte de carga. Com a invenção da roda na Mesopotâmia, antes de 3.000 a.C., esta foi aplicada em carros tracionados por animais de grande porte. Com seu aperfeiçoamento, a roda permitia melhor locomoção do homem e os antigos caminhos eram transformados em verdadeiras estradas, para permitir acesso mais rápido entre as
cidades que iam surgindo. Dos povos antigos, pelo menos dois realmente construíram estradas, procurando unir todo o seu império: os persas e os romanos.
Em Roma foram criados os primeiros elementos básicos do sistema viário, surgiu assim o trânsito e seus problemas, solucionados pela criação de sinalizações, marcos quilométricos, indicadores de sentido e as primeiras regulamentações de tráfego.
O primeiro transporte, o trenó, a invensão da roda, as bigas romanas e as Galés movidas a remo


Na idade média, conforme os estados nacionais iam se formando e o comércio se desenvolvendo, diligências e carroças percorriam quase toda a Europa e possuir boas estradas tornou-se uma necessidade para todos os países. Com o fim da "Guerra dos Cem Anos” (que na verdade duraram 116 anos), entre a Inglaterra e a França, o movimento aumentou nas estradas e foi criado o primeiro mapa de caminhos.


EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE


O grande avanço nos transportes foi desenvolvido pelo padre jesuíta belga, Ferdinand Verbiest, que teria um dos precursores do trem, ao idealizar em 1681 uma máquina autopropulsora a vapor, em Pequim. Até o fim do séc. XIX, as estradas que mais se desenvolveram foram às estradas de ferro, porque não existiam automóveis e caminhões e o transporte ferroviário era muito mais cômodos e barato.
O primeiro metrô, ou trem metropolitano, apareceu no ano de 1863, em Londres, para diminuir o tráfego pelas ruas, era praticamente um trem, só que andava por baixo da terra, em túneis. O de Londres, quando foi inaugurado, não passava de alguns vagões iluminados a gás, rebocados por uma locomotiva a vapor. O túnel ficava cheio de fumaça.
Os trens hoje ainda são os principais meios de transportes na Europa, Ásia e África.
As carruagens que logo foram substituidas pela locomotiva a vapor
O primeiro sistema organizado de transportes públicos pode ter tido origem em Nantes, França, em 1826, quando um ex-oficial do exército francês tinha construído banhos públicos na periferia da cidade e organizou uma ligação entre o centro da cidade e as suas instalações. Logo descobriu que os passageiros estavam tão interessados em sair em pontos intermédios como em freqüentar os seus banhos, ele mudou de estratégia. O seu voiture ônibus (viatura para todos) combinava as funções das carroças hackney com as das diligências que percorriam uma rota predeterminada, transportando passageiros e correio.
Logo após, as carroças foram substituídos por bondes puxados por cavalos ou burros sobre trilhos e posteriormente por trolleyes elétricos, construídos primeiramente nos Estados Unidos. Os bondes também eram chamados "elétricos". Em grandes cidades como Basiléia, Zurique, Lisboa, Porto, Rio de Janeiro e Santos, os bondes fazem um percurso tipicamente, mas não obrigatoriamente turístico. Com a saída dos bondes elétricos, chegaram os ônibus elétricos, que ainda encontramos na cidade de São Paulo, mas por ser mais economicamente viável o ônibus urbano a combustão impera nas cidades.
Os bondes, primeiro puxados por burros, com a chegada da eletridade, as principais cidades do Brasil possuiam agora um moderno e popular sistema de transporte público - o bondinho da Lapa no Rio de Janeiro, que funciona até hoje transportando moradores e turistas até o Morro de Santa Tereza
Em regiões em desenvolvimento como na América do Sul, Ásia e África, para longas distâncias os ônibus atuam como uma forma mais econômica e viável para viajar, porém o tempo decorrido e os péssimos estados de conservação das rodovias comprometendo as viagens tornado-as inseguras e desconfortáveis.
Nas décadas 50 e 60, o Presidente Juscelino Kubitschek adotou o modelo de
desenvolvimento em seu governo sob o lema do Ex-Presidente Washington Luis (1926/1930), que dizia: “Governar é Construir Estradas”, construindo novas estradas como a Belém Brasília. Com o regime militar, faraônicas obras foram criadas, como a Hidroelétrica de Itaipu e novas estradas também foram construídas, como a Rodovia Castelo Branco, Presidente Dutra a Transamazônica entre outras, transformado os ônibus como a principal meio de transporte no país.
Por outro lado, o automóvel com motor de combustão interna foi inventado na Alemanha, em 1885, por Karl Benz e Gottlieb Daimler. Décadas depois, o americano Henry Ford, passou a fabricar carros em série. Os primeiros foram os modelos “T”, fabricados de 1908 a 1927. Venderam mais de 15 milhões de unidades.
Os automóveis em produção em série e os ônibus para transporte de passageiros


A utilização de navios como meio de transporte se alastrou há 5.000 anos atrás, na civilização ocidental, com a invenção do Barco a Vela. A utilização da força do vento tornou possível o deslocamento de pessoas e mercadorias por distâncias cada vez maiores. Por volta de 2.500 a.C., barcos egípcios estabeleceram o comércio entre a foz do Nilo e a Terra de Canaã, enquanto a civilização Suméria navegava entre os Rios Eufrates e Tigre, saindo do Golfo Pérsico e estabelecendo comércio com a Índia. A 800 a.C. os Fenícios estabeleciam colônias na Espanha e norte da África. Os romanos utilizaram as “Galeras ou Galés”, barcos com uma vela quadrada em um único mastro, que também era movido a remo, para manobras de guerra e maior aceleração da embarcação. Os remadores eram escravos e condenados, forçados a trabalharem a base de chicotadas até a exaustão, que levavam a morte. A navegação no Mediterrâneo dependia da habilidade do marinheiro em reconhecer as direções do vento para a realização da travessia desejada. Nascia então a Rosa dos Ventos. Os vikings durante os séc. VIII e XI, também foram grandes navegadores, seus barcos eram chamados de “Dragões” e possuíam grande destreza em manobras de guerra Lendas antigas contam que este povo, foi o primeiro a conquistar o continente americano.
Com a chegada das “Caravelas”, que eram navios maiores, com vários mastros com velas, que possibilitavam maior rapidez no deslocamento, portugueses e espanhóis desenvolveram grande perícia na navegação e dominavam os mares. Criaram escolas de
navegação como a de Sagres em Portugal, onde grandes navegadores se formaram como Vasco da Gama e Cristóvão Colombo. Com o fechamento da rota para as índias ocidentais, pelos turco-otomanos, no séc. XV, as caravelas tornaram-se o principal meio de transporte para o comércio e a ligação entre os continentes. Estes dois reinos atravessavam oceanos, em busca de especiarias e riquezas, vindas do oriente e durante séculos sob domínio espanhol e português, continentes como África e parte da Ásia, assimilaram sua cultura, idioma e costumes.
A criação do barco a vapor dificilmente pode ser creditada a um inventor particular, pois a adaptação do motor a vapor para propulsão de embarcações foi tentada por vários projetistas, tanto na Europa quanto na América. O desenvolvimento da navegação a vapor caracterizou-se depois disso pela construção de navios cada vez maiores e mais potentes. Em 1819, um barco à vela equipado com um motor a vapor atravessou o Atlântico. Um destes marcos na navegação foi à construção do transatlântico Titanic, em 1912. Era o maior objeto móvel já construído pelo homem em sua época. Tinha um comprimento de cerca de 270 metros (ou seja, quatro campos de futebol) por 28 metros de largura e uma altura de 54 metros, aproximada de um prédio de 11 andares. Saiu do Porto de Southampton, na Inglaterra, no dia 10 de Abril de 1912 com destino a Nova Iorque, transportando aproximadamente 2.223 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação. Às 23h40 do dia 14, colidiu com um iceberg e afundou-se duas horas e meia depois. Atualmente os navios se restringem apenas a transporte de diversos materiais e passeios turísticos.
Os barcos vikins que atravessaram o Oceano Atlântico, as Caravelas e o Titanic


Os dirigíveis, uma aeronave mais leve do que o ar, que pode ser controlada, ao contrário de aeronaves mais pesadas do que o ar, sustentam-se através do uso de uma grande cavidade que é preenchida com um gás menos denso do que o ar, como o gás hélio ou mesmo o inflamável gás hidrogênio.
A história dos dirigíveis se confunde com a da aviação. As primeiras experiências para tentar a conquista dos céus foram com balões de ar quente. Um dos pioneiros foi o padre jesuíta brasileiro Bartolomeu de Gusmão que, em 1709, conseguiu fazer um balão de ar quente, o “Passarola”, subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada.
O conde alemão Ferdinand Von Zeppelin gastou sua fortuna na criação de dirigíveis com estrutura rígida para transporte de passageiros. Em 2 de julho de 1900, fez o vôo inaugural do Led Zeppelin-1, às margens do lago Constança, no sudoeste da Alemanha. Um dos ícones da história da aviação foi o dirigível LZ 127 Graf Zeppelin, construído em 1928. O Graf Zeppelin possuía 213 m de comprimento, cinco motores, transportava de 20 a 24 passageiros e cerca de 40 tripulantes O primeiro vôo de longa distância aconteceria em outubro de 1928, ligando a cidade alemã de Frankfurt à Nova York, nos Estados Unidos da América, e duraram 112 horas.
O LZ 129 Hindenburg era o orgulho da engenharia alemã, e considerado o modelo mais espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O Hindenburg possuía 245 m de comprimento, 41,5 m de diâmetro, voava a 135 km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em New Jersey, nos Estados Unidos em 6 de maio de 1937, antes de pousar na base aérea de Lakehurst, perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da era dos dirigíveis rígidos.
Graf Zeppelin fez sua primeira viagem ao Brasil, chegando à cidade do Recife, no estado de Pernambuco, em 22 de maio de 1930. Este vôo iniciou uma regular e bem sucedida rota comercial entre o Brasil e Alemanha. Inicialmente, devida a ausência de instalações adequadas no Campo dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro, nestes primeiros anos de operação o Graf Zeppelin, atracava na cidade do Recife onde os passageiros eram desembarcados, e seguiam viagem para o Rio de Janeiro em aviões da empresa aérea Sindicato Condor. Atualmente no Brasil, dirigíveis a base de gás hélio são utilizados com fins publicitários e para realização de transmissões de TV em eventos esportivos.
Ferdinand Von Zeppelin, o Graf Zeppeli sobrevoando a cidade do Rio de Janeiro na década de 30, o acidente do LZ 129 Hindenburg, em New Jersey em 1937 e o famoso dirigível da Goodyear, presente em vários eventos


No começo do século XX, o primeiro vôo numa máquina mais pesada do que o ar, capaz de gerar a potência e sustentação necessária por si mesmo, foi realizado. Porém, isto é um fato polêmico, em que um de dois aviadores é creditado: o brasileiro Alberto Santos Dumont ou os irmãos americanos Wilbur e Orville Wright. Os créditos são mais reconhecidos na Europa e Brasil pelo ao fato de Dumont ter registrado tudo, tanto com testemunhas como em filmes o que os irmãos Wright não o fizeram. Outra contestação em pró ao brasileiro, é que em seu vôo, o 14 Bis "decolou" e a aeronave dos americanos foi “arremessada”.
A partir da Segunda Guerra Mundial a aviação comercial assistiu a um grande desenvolvimento, transformando o avião num dos principais meios de transporte de passageiros e mercadorias no contexto mundial. A Pan American World Airways, mais conhecida como Pan Am, foi à principal companhia aérea da década de 1930 até o seu colapso em 1991. A ela foram creditadas muitas inovações que deram forma à indústria das companhias aéreas no mundo todo, como a utilização em larga escala e difundida de aviões a jato, de aviões Jumbo e do sistema de reservas computadorizado.
Os irmãos Wright, Santos Dumont em vôo em seu 14 Bis, o avião da Pan American e o Jumbo 300


O transporte aéreo foi o que mais contribuiu para a redução da distância-tempo. O avião suplantou outros meios de transporte de passageiros a médias a longas distâncias. Este meio de transporte implica construção de estruturas muito especiais. As linhas aéreas cobrem todo o mundo, mas de forma irregular encontrando-se em uma maior densidade nos países desenvolvidos, subdesenvolvidos industrializados, alguns países petrolíferos e nos novos países industrializados como a China.





























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