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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

NEOLIBERALISMO


NEOLIBERALISMO


O Neoliberalismo é uma releitura do Liberalismo Clássico.
Embora o termo tenha sido cunhado em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow, ganhou efetiva aplicabilidade e reconhecimento na segunda metade do século XX, especialmente a partir da década de 1980. Nesta época, houve um grande crescimento da concorrência comercial, muito em função da supremacia que o captalismo buscava conquistar sobre o sistema socialista. Mesmo ainda no decorrer da Guerra Fria, as características do conflito já eram muito diferenciadas das existentes nos anos imediatamente posteriores ao fim da Segunda Guerra Mundial. A União Soviética  já havia se afundado em uma grave crise que apontava para o seu fim inevitável. Enquanto isso, o capitalismo consolidava-se como sistema superior e desfrutava de maior liberdade para determinar as regras do jogo econômico.
O crescimento comercial foi notório e, para enfrentar a concorrência, medidas foram tomadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. As principais características dessas medidas foram a redução dos investimentos na área social, ou seja, no que se refere à educação, saúde e previdência social. Ao mesmo tempo, adotou-se como prática também a privatização das empresas estatais, o que se aliou a uma perde de poder dos sindicatos. Passou-se a defender um modelo no qual o Estado não deveria intervir em nada na economia, deixando-a funcionar livremente. Ou seja, considerando-se as características do novo momento, uma releitura da forma clássica do Liberalismo.
O Neoliberalismo ganharia força e visibilidade com o Consenso de Washington, em 1989. Na ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os procedimentos do Neoliberalismo para todos os países, destacando que os investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados para as empresas. Esta prática, segundo eles, seria fundamental para movimentar a economia e, consequentemente, gerar melhores empregos e melhores salários. Houve ainda uma série de recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as quais reuniam: a redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura econômica para importações, a liberação para entrada do capital estrangeiro, privatização e desregulamentação da economia.
O objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida, alcançado com sucesso, pois vários países adotaram as proposições feitas. Só que muitos países não tinham condições de arcar com algumas delas, o que gerou uma grande demanda de empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Logo, criava-se todo um sistema de privilégios para os países desenvolvidos, pois as medidas neoliberais eram implementadas sob o monitoramento do FMI e toda essa abertura econômica favorecia claramente aos países ricos, capazes de comprar as empresas estatais e de investir dinheiro em outros mercados. Por outro lado, o argumento de defesa do Neoliberalismo diz que a abertura econômica é benéfica porque força à modernização das empresas. Entretanto, é preciso lembrar que muitas dessas empresas não tinham condições de se modernizar com tamanha rapidez e com tanto investimento, o que resultou em muitos empréstimos, incapacidade de pagamento, dívidas em crescimento, falência e, por sim, desemprego.
A partir da década de 1970, a supremacia do modelo capitalista sob o estagnado projeto de desenvolvimento dos países socialistas marcou uma nova fase da política internacional. Com o passar do tempo, o novo ritmo das empresas e mercados forçou uma repaginação dos moldes de orientação política do Estado para com a sua economia. A necessidade de crescimento constante passou a conviver com a elaboração de formas de se conter um possível colapso da economia mundial.
Foi assim que surgiram os primeiros teóricos da doutrina neoliberal. Para esses novos pensadores da economia, um governo só pode manter o equilíbrio dos preços do mercado interno fazendo uso de mecanismos de estabilização financeira e monetária, aliada a políticas que contém os índices de inflação e preserve as reservas cambiais do país. As liberdades de mercado continuam, mas as autoridades políticas devem conter os excessos do capital especulativo e dos grandes monopólios.
Outra faceta específica da política neoliberal também atinge diretamente a relação de gastos que o Estado mantém com as necessidades essenciais da sociedade civil. De acordo com tal teoria, os gastos públicos do governo neoliberal com educação, previdência social e outras ações de cunho assistencial devem ser reduzidas ao máximo. Caso essas demandas se ampliassem, o próprio desenvolvimento da economia proveria meios para que a sociedade civil resolvesse tais questões.
Entre as décadas de 1970 e 1980 observa-se que os primeiros governos neoliberais ganharam espaço no cenário político internacional. Ronald Reagan, nos Estados Unidos; Margaret Thatcher, no Reino Unido; e Helmut Kohl, na Alemanha são considerados os primeiros grandes precursores desse modelo de desenvolvimento. Logo em seguida, outras nações menos desenvolvidas, como Brasil e Argentina, tomaram medidas em favor desse novo molde.
No caso dos países subdesenvolvidos, a implantação do modelo neoliberal teve como maior manifestação a onda de privatizações que atingiram as empresas estatais. Argumentando que tal ação provocaria inevitável melhoria de alguns serviços essenciais, o governo realizava a venda dessas empresas para algum grupo econômico ou investidor particular. Contudo, ainda percebe-se que a redução das empresas públicas não foi acompanhada por um benefício proporcional.
De fato, o projeto neoliberal não conseguiu atingir as prometidas metas que deveria promover os sonhados tempos de desenvolvimento e modernização de certas nações. Ao entregar empresas do setor público para o capital privado, a situação de muitos trabalhadores esteve ameaçada pelo interesse de ampliação dos lucros e a redução do quadro de funcionários. Além disso, a necessidade de constante modernização e mecanização de serviços também fechou várias portas do mercado de trabalho.
Mediante essas contradições impostas pelo modelo de desenvolvimento neoliberal, nota-se a formação de movimentos de oposição que lutam pela ampliação dos programas de assistência social oferecidos pelo Estado. Nesse aspecto, a melhoria das condições de vida, o acesso à informação e qualidade de ensino seriam pressupostos inevitáveis para que o neoliberalismo – que não vem apresentando resultados nada satisfatórios – fosse remodelado pela ação de transformações democráticas.
 No Brasil, o Neoliberalismo foi adotado abertamente nos dois governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seus dois mandatos presidenciais houve várias privatizações de empresas estatais. Muito do dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da nova moeda brasileira, o Real, equivalente a do dólar. Assim, o Brasil passou pelo mesmo processo de venda de estatais, falências e desemprego.


A REVOLTA DOS MALÊS


O QUE FOI
A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.

CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


         Os revoltosos, em 1835, na Bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  

A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA
Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.

Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano".



O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.






























O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.


Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano.






O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.




































O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.


Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano.






O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.






































O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.
































COMUNIDADE



Comunidade é um conjunto de pessoas que se organizam sob um mesmo grupo de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico. Os estudantes que vivem no mesmo dormitório podem formar uma comunidade, assim como as pessoas que vivem no mesmo bairro, aldeia ou cidade. Um bairro é considerado uma comunidade ou região dentro de uma cidade ou município, sendo a unidade mínima de  urbanização existente na maioria das cidades do mundo.Fichter, 1967 em suas definições, para uso didático, ressalta que se trata de uma palavra rodeada de significados múltiplos, desta forma requer uma cuidadosa definição técnica, ao que propõe: comunidade é um grupo territorial de indivíduos com relações recíprocas, que servem de meios comuns para lograr fins comuns.
A palavra comunidade tem origem no termo latim communĭtas. O conceito refere-se à qualidade daquilo que é comum, pelo que permite definir distintos tipos de conjuntos: das pessoas que fazem parte de uma população, de uma região ou nação; das nações que se encontram unidas por acordos políticos e econômicos (como a Comunidade Europeia ou o Mercosul/Mercado Comum do Sul); ou de pessoas vinculadas por interesses comuns (como é o caso da comunidade católica).
Quanto à constituição, pode-se dizer que uma comunidade é um grupo de seres humanos que partilham elementos em comum, como o idioma, os costumes, a localização geográfica, a visão do mundo ou os valores, por exemplo. No seio de uma comunidade, é hábito criar-se uma identidade comum mediante a diferenciação de outro(a)s grupos ou comunidades.
As necessidades de uma comunidade podem ser relacionadas às necessidades básicas do próprio ser humano: fisiológicas, segurança, afetividade (amor e relacionamentos), estima e auto-realização. As necessidades fisiológicas se referem à comida, bebida, ar, sono, lazer, saúde, educação etc.
A necessidade de segurança diz respeito ao sentimento de proteção, sem ameaças de ordem física, psíquica ou social. Essa inclui a habitação que proporciona o conforto físico. O meio ambiente de uma comunidade deve ser livre de agentes agressores físicos, químicos e biológicos; deve possuir saneamento básico, iluminação, pavimentação, controle de insetos e roedores, coleta de lixo, enfim, uma infra-estrutura básica que permita ao cidadão viver dignamente.
A necessidade de afetividade é o fato de que as pessoas em geral e de uma comunidade precisam de amor e afeição, de sentir que pertencem a um grupo social, precisam ter à sua volta pessoas (família, amigos, professores, etc.) com quem possam compartilhar suas alegrias e tristezas, suas ansiedades e suas dúvidas.
A necessidade de auto-estima significa “valorização de si mesmo; amor próprio”. As pessoas devem se sentir bem em relação a si próprias, e orgulhosas quanto às suas habilidades e realizações. A auto-estima elevada é um motivador poderoso do comportamento saudável.
A auto-realização representa a ânsia de continuar a crescer e mudar, de trabalhar por novos objetivos, de desenvolver talentos, de cultivar seus potenciais.