Translate

Translate

quinta-feira, 18 de abril de 2013

SOCIEDADE HEDIONDA - RESENHA CRÍTICA

SOCIEDADE HEDIONDA



RESENHA CRÍTICA

Cristovam Buarque ressalta, em seu artigo “Sociedade Hedionda”, a fabricação da criminalidade na sociedade brasileira, onde há muitos argumentos para justificar a violência que vem crescendo assustadoramente, tanto na camada desfavorecida quanto na camada privilegiada. Certamente, a desigualdade social e a falta de oportunidade representam o ponto crucial no estabelecimento da violência, na medida em que engloba a questão educacional, implicando na elitização da escolarização. Como explica Buarque, a trajetória de vida dos pobres não é igual para toda a sociedade e o jovem escolarizado está menos propenso a ingressar no crime do que o jovem sem estudo e inserido na violência.

O autor também aborda a questão da punição criminal, propondo que esta deve ser aplicada independente da classe social do infrator. Isso porque, em sua visão, os pobres são muito mais vítimas da violência e, no entanto, medidas mais severas contra o crime, como a maioridade penal, são direcionadas a este grupo. Um exemplo concreto pode ser visto no caso do índio que foi queimado vivo, em Brasília, por jovens da classe média alta e que, no final, ficaram impunes. O mesmo, com certeza, não teria ocorrido se os jovens pertencessem a uma família miserável. Assim sendo, o autor busca defender os pobres concebendo-os como pacíficos em demasia, justificando que não reagem diante de tantos sofrimentos sociais.

Em síntese, Buarque levanta uma bandeira contra a violência e a impunidade criminal brasileira, considerando-as como uma afronta aos pobres, e sugere a punição para todo ato criminoso, principalmente assassinatos, prostituição de menores e agressão aos sem-terra, situações estas que trazem como maiores vítimas os membros da classe desfavorecida.








Nenhum comentário:

Postar um comentário