Estudos nos EUA levaram à constatação de que suplemento
com ácidos graxos ômega-3 pode contribuir para a redução dos sintomas de
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças.
Em uma avaliação de 10 estudos com um total de 699 crianças com TDAH, os
pesquisadores descobriram que aqueles que receberam suplementos de ômega-3
tinham uma "pequena, mas significativa" melhora na gravidade dos
sintomas em comparação com aqueles que receberam placebo. Este efeito também
foi significativo nas crianças que receberam suplementos que continham
especificamente doses mais elevadas de ácido eicosapentaenóico.
Entretanto, os investigadores observam que a eficácia relativa deste
tratamento "foi modesta em comparação com farmacoterapias disponíveis
atualmente para o TDAH, como psicoestimulantes, atomoxetina, ou alfa 2
agonistas." Ainda assim, devido ao seu "perfil relativamente benigno
de efeitos colaterais", consideram que os suplementos de ômega-3 podem ser
um adicional razoável às intervenções tradicionais ou uma opção para as
famílias que não querem outros tratamentos psicofarmacológicos.
De acordo com esses pesquisadores, estudos anteriores mostraram que
indivíduos com TDAH têm diferenças plasmáticas no ômega-3 e nas membranas de
eritrócitos em comparação com seus pares saudáveis."Os ácidos graxos ômega-3 têm propriedades anti-inflamatórias e
podem alterar a fluidez da membrana celular e a composição de fosfolipídios do
sistema nervoso central", explicam.
Os pesquisadores examinaram 10 estudos controlados e randomizados que
compararam os suplementos de ômega-3 com placebo em crianças com TDAH. Todos os
estudos foram realizados entre 2001 e 2009 e duraram entre 7 semanas e 4 meses
Os resultados mostraram eficácia
significativa da suplementação de ômega-3 em comparação com placebo em apenas 2
dos ensaios. Dos demais estudos, 6 não mostraram nenhum benefício em geral, e 2
apresentaram benefício apenas em algumas das escalas de avaliação de TDAH. Ainda
assim, a análise geral mostrou uma melhora significativa nos sintomas de TDAH
para os participantes que receberam ômega-3 em comparação com aqueles que
receberam placebo.
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