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sexta-feira, 26 de julho de 2013

COMO FORMAR LEITORES E ESCRITORES



Pesquisas de Emilia Ferreiro demonstram que a leitura e escrita, como objetos culturais do conhecimento, são também adquiridas por um processo de autoconstrução, no confronto e na interação da criança com seu meio.
À luz desses pressupostos, torna-se necessário que os educadores reflitam a sua prática de alfabetização e ensino da língua portuguesa, reveja sua postura e reformule sua prática pedagógica nas classes de alfabetização e nas séries posteriores do Ensino Fundamental, tendo consciência de que cada criança tem sua história individual, um processo pessoal de autoconstrução que altera, a cada momento, o caminho a ser trilhado.
É importante que todo educador busque na teoria de Piaget, sobre o desenvolvimento infantil, o suporte necessário para o seu trabalho.
O ensino da língua portuguesa deve ser proporcionado à criança desde a Pré-escola de forma a não dar a ela tudo pronto, mas sim, através das descobertas feitas por ela mesma no contato com os diversos materiais de leitura e escrita, em atividades concretas.
O material, a metodologia, a prática pedagógica são construídos pelo professor a partir dos conceitos dominados pelas crianças, no ritmo e desenvolvimento dos seus alunos.
Para uma prática eficaz é preciso que o professor:

·                     Faça da sala de aula um ambiente alfabetizador;
·                     Propicie aos alunos um ambiente tranqüilo e seguro baseado num relacionamento de cooperação e confiança;
·                     Conheça métodos, técnicas e atividades variadas de leitura e escrita;
·                     Seja estudioso, pesquisador e criativo;
·                     Seja paciente, respeite o ritmo de cada criança, permitindo que a criança faca suas próprias descobertas;
·         Respeite o erro e acredite que ele traduz o estágio em que o aluno se encontra e que a partir dele é que poderá levar a criança a um nível mais avançado. O erro é o ponto de partida para o planejamento do professor;
·                     Seja capaz de entender a linguagem da criança;
·           Use e acredite no jogo como forma de equilíbrio com o mundo, sabendo que, através do lúdico, a criança é capaz de transformar o meio adaptando-o às suas necessidades;
·                      Desafie o pensamento, estimulando a criança através de jogos, brincadeiras e atividades concretas;
·                     Propicie aos seus alunos vivências ricas e dinâmicas de leitura e escrita.

Oferecer às crianças múltiplas oportunidades de escrita e leitura, material variado, livros e histórias, jornal, revistas, papeis, lápis, tintas e outros.
Fazer das atividades de leitura e escrita um processo de interações sociais de comunicação inter-idéias: adulto-criança, crianças entre si, leitor-autor, autor-leitor.
Através de ações inter-individuais, as crianças irão se transformando em leitores e escritores, conhecendo a função social da leitura e da escrita e se envolvendo com estes conhecimentos como agentes e observadores, no mundo letrado, possibilitando-os agir e comportar como se fossem leitores antes mesmo de sê-los (no caso das classes de alfabetização) – levando-os a aprender precocemente o essencial das práticas sociais ligadas à escrita e à leitura.
Para isso é necessário que a sala de aula se transforme num ambiente alfabetizador, mesmo no ensino fundamental.
Os conteúdos devem ser desenvolvidos de forma a levar a criança a conhecer o mundo nos seus vários aspectos.
O trabalho deve acontecer com vistas no desenvolvimento da língua materna. Compreendendo a língua como elemento integrador gerador de entendimentos entre as varias áreas do conhecimento, compreendendo que a linguagem é determinada socialmente.
Deve-se oportunizar a criança a aquisição gradativa de novas formas de expressão, reconhecimento e representação de seu mundo da forma que quiser.
A criança deve ser conduzida à compreensão de que a palavra escrita tem um significado e um significante.


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