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domingo, 25 de outubro de 2015

Revisão de Português

carta pessoal é um tipo de correspondência que enviamos a amigos e familiares quando queremos tratar de um assunto particular.

Leia um exemplo de carta pessoal:

Volta Redonda, 15 de dezembro de 2011

Alô, Carlinhos, tudo bem?
Você lembra quando a gente conversava do que ia ser quando crescer?
Você sempre sabia o que queria, só que toda hora mudava: médico, arquiteto, escritor.
Eu não. Lembra? Eu nunca sentia muita vontade de ser nada.
Mas agora você vai ficar bobo: essa semana – até que enfim!! – eu descobri o que que eu quero.
Adivinha.
Pensa bem.
Eu nunca tinha pensado que ia gostar de ensinar, mas sabe? Quando ajudo meu irmão nos estudos, eu sinto uma sensação assim... sei lá. Só sei que é bom.
Então eu resolvi que vou ser professor.
E você? Continua mudando de profissão a toda hora?
Vê se escreve, viu, cara?
Abração... 
do Rodrigo

Exercícios sobre a carta acima:
1. Quais os elementos essenciais na carta?
a) remetente
________________________________________________________________________
b) destinatário

________________________________________________________________________

c) local e data

________________________________________________________________________

d) palavra que inicia o contato

________________________________________________________________________


2. Ainda há o assunto e a despedida.
a) Qual o assunto?

________________________________________________________________________

b) Como é a despedida?

________________________________________________________________________


3. Sobre a formalidade da carta:
a) é mais para formal ou informal?

________________________________________________________________________

b) justifique sua opinião.

________________________________________________________________________


4. Sobre o envelope de uma carta.
a) O que se escreve na frente?


________________________________________________________________________


b) E no verso?


________________________________________________________________________

Acentuação Gráfica: nova ortografia

I - Palavras proparoxítonas: continua tudo igual :Todas são acentuadas árvore, chávena, maiúsculo, feiíssimo.

II - Palavras paroxítonas: continua quase tudo igual: 2. São acentuadas graficamente as paroxítonas terminadas em:

ÃO(S): bênção(s), órfão(s)
Ã(S): ímã(s), órfã(s)
L: amável, dócil
EI(S): amáveis, dóceis
I(S): táxi, grátis
N: hífen, éden
X: tórax, ônix
R: líder, mártir
UM, UNS: álbum, álbuns
US: bônus, lótus
PS: bíceps, fórceps

Com o novo acordo, não se acentua:

-os ditongos abertos ei,oi, das paroxítonas: assembleia, estreia, jiboia, heroico; 
-o i e o tônicos, precedidos de ditongo: feiura, baiuca.

III - Palavras oxítonas

Levam acento gráfico as oxítonas terminadas em:

Á(S): sabiá (s)
É(S), Ê(S): café(s)
Ó(S), Ô(S): avó(s), avô(s)
ÉM, ÉNS: refém, reféns

Obs.: A mesma regra serve para:

- as monossílabas tônicas terminadas porá(s), é(s), ê(s) ó(s), ô(s): lá(s), pé(s), pó(s);
- as formas verbais oxítonas do mesmo tipo,seguidas ou não de pronomes: amá-lo, está(s), vendê-lo, propôs, contém, conténs.

*São acentuadas as oxítonas terminadasem ditongo aberto:

ÉIS: papéis, bacharéis
ÉU(S): chapéu, chapéus
Ói(S): herói, heróis

IV – Hiatos

- Acentuam-se o e o u tônicos, precedidos de vogal, quando sozinhos ou seguidos de s,formando uma sílaba: viúva, saíste, baú,saída.

Obs.: - Não leva acento gráfico o i, mesmosozinho, seguido de nh: rainha, moinho.
- Com o novo acordo,não são acentuados graficamente os hiatos oo e ee: voo, creem.

V – Acento nos verbos em guar, quar e quir 
            
-Não se usa o acento agudo no tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Obs.: Os verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc, tem uma variação na pronúncia. Dessa forma, admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e  do imperativo. Então, fique atento:
-  pronunciados com ou tônicos, serão acentuados graficamente: enxáguo, enxáguas, enxágue, delínques, delínquem, delínqua;
-  pronunciadas com u tônico,  não serão  acentuadas: enxaguo, enxaguas, delinques, delinquem, delinqua
Obs.:A pronúncia mais corrente, no Brasil, é a primeira, aquela com tônicos.

VI – Acento diferencial: com o novo acordo,não há acento diferencial, exceto com:

- Verbo pôr – para diferenciar da preposição por:
Pedi para ele pôr o copo de suco na pia por causa das formigas.

Pôde – terceira pessoa do singular dopretérito perfeito do indicativo do verbopoder para diferenciá-lo de pode - terceirapessoa do singular do presente do indicativo do mesmo verbo:
Ela não pôde vir ontem, mas pode vir hoje.

Obs.:O acento diferencial é facultativo em:
-Dêmos – primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar e demos– primeira pessoa do plural do pretéritoperfeito do indicativo do mesmo verbo;
-Fôrma (substantivo) e forma (substantivo,terceira pessoa do singular do presente do indicativo e segunda pessoa do singular doimperativo afirmativo do verbo formar).

VII – Verbos ter e vir : Fica tudo igual

-com acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo e sem na terceira pessoa do singular do mesmo tempo verbal  : ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm.
Seus derivados(deter,intervir,reter,entre outros) seguem a acentuação das oxítonas terminadas por em.
Obs: -na terceira pessoa do singular do presente do indicativo levam acento agudo 
- na terceira pessoa do plural do mesmo tempo levam acento circunflexo.
Exemplos: eledetém, eles detêm; ele intervém, elesintervêm.

VIII – Trema: não há mais o uso do trema,exceto?

-  em nomes estrangeiros e seus derivados: Müller,mülleriano.

EXERCÍCIOS

01. Assinale a alternativa corretamente acentuada.
a) Ela mantêm no sótão os três gatinhos de pelo cinzento.
b) Ela mantém no sotão os três gatinhos de pelo cinzento.
c) Ela mantêm no sotão os tres gatinhos dc pêlo cinzento.
d) Ela mantem no sotão os três gatinhos de pelo cinzento.
e) Ela mantém no sótão os três gatinhos de pelo cinzento.

02. Assinale a série em que todas as palavras estão acentuadas corretamente.
a) juíza – urubú – item – tórax
b) ímã – virús – interíni – nínha
c) polén – lons – paúl – bônus
d) climax – saci – almôço – caráter
e) amém – tríceps – jóquei – pôr (verbo)

 03. Os pais_______ na tv que os desenhos animados______ grande influência sobre seus filhos, mas_________ , também, que faz parte da infância.
a) vêm, tem, crêm                              b) veem, tem, creem
c) vem, tem, crêem    d) veem, têm, creem
e) vêm, têm, crêem

04. Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial:
a) O menino nervoso pára de repente.
b) Toda manhã, ela côa o café.
c) Gosto de pêra madura.
d) Preciso pôr as coisas em ordem.
e) n.d.a.

05. Assinale a forma incorreta quanto à acentuação:
a) Eles leem o jornal todos os dias.
b) As meninas têm muitos brinquedos.
c) Os jovens crêem no futuro.
d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo.
e) n.d.a.

06. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases.
1 – Ele sempre___________a calma.
II – Os turistas_________ informações pela lnternet.
III – As polícias civil e militar_________ nos motins do presídio.
a) mantêm, obtém, intervém
b) mantém, obtêm, intervêm
c) mantêm, obtêm, intervêm
d) mantém, obtêm, intervém
e) mantém, obtém, intervém

07. Assinale a alternativa incorreta quanto à acentuação:
a) herói                             b) heróico                       c) jóia
d) centopéia                   e) n.d.a.

08. (Med. Barbacena-MG) Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de “alguém”, “inverossímil”, “caráter”, respectivamente:
a) hífen, também, impossível
b) armazém, útil, açúcar
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nós

09. (FESP-SP) Em que alternativa as palavras devem ser acentuadas pelo mesmo motivo?
a) tambem – refém                            b) velocidade – rubrica
c) aniversario – fortuito               d) fortuito
e) ceu – tambem

10. (Fuvest-SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas.
a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estréia, advérbio
b) fluido, anzóis, Tatuí, armazém, caráter
c) saúde, melâúcia, gratuíto, amendoim
d) inglês, cipó, cafézinho, útil, Itú
e) canôa, heroismo, crêem, Sergípe, bambu

11 Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto:
a) abacaxi b) idéia                         c) assembleia d) heroi                             e) voo
12.  Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo ortográfico: a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos; b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente; c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro; d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio; e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.
13. Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acento gráfico: a) céu – réu – véu;                             b) chapéu – ilhéu – incréu; c) anéis – fiéis – réis;                       d) mói – herói – jóia; e) anzóis – faróis – lençóis.

14. As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do Acordo Ortográfico, não são acentuadas.Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica: a) aldeia – baleia – lampreia – sereia; b) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia; c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; d) Assembleia – ideia – ateia – boleia; e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia

15.O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em: a) fôrma (significando molde)
b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo);
e) dêmos (no presente do subjuntivo). 

16. Preencha as lacunas com as palavras corretas, de acordo com o novo acordo ortográfico.

assembléias|assembleias /idéia|ideia /Müller|Muller /estréia|estréia/Bocaiúva|Bocaiuva platéia|plateia apóio|apoio heróis|herois troféus|trofeus

Os membros das ________ estaduais do país gostaram da _______ do Harold ________. Um parlamentar aproveitou, inclusive, a ______ de uma peça de teatro que assistia na cidade de _______ para se dirigir à _______, dizendo: “Eu _______ esta ação comunitária. E digo mais: se iniciativa der certo, esses
_______ merecerão ________ como agradecimento de toda a população.”

17. Preencha as lacunas com as palavras corretas, de acordo com o novo acordo ortográfico.
estréia|estreia / vôo|voo / Parnaíba|Parnaíba/  Piauí|Piauí/
lêem|lêem/Müller|Muller/crêem|creem/Assembléias|Assembléias/ pôde|pode/  têm|tem / convém|convem

O pronunciamento do parlamentar, na ________ da peça de teatro, teve repercussão na imprensa, de modo que um outro Deputado, ao desembarcar do seu ________, rumo à cidade de ________, no estado do ________, também falou sobre o assunto: “Os que ______ jornais já devem saber da iniciativa de Harold ________, e os que _______ em ações dessa natureza devem seguir o exemplo desse cidadão. Precisamos buscar soluções para os nossos problemas, em vez de esperar que tudo seja resolvido pelas_________. Se ele _______ iniciar essa ação e mobilizar o _______ inteiro, todos ______ o mesmo dever. Vamos agir! Isso _________ à sociedade.”


Use, nas Palavras Abaixo, o Acento Grave Quando For Necessário:

01 – O plano dos bandidos saiu [as] avessas.
02 – Não chegaram [a] saber quem era [a] autoridade.
03 – Encontramos os barcos [as] margens da lagoa.
04 – Fui [a] casa, mas voltei logo.
05 – Não fui [aquela] farmácia.
06 – Entregamos o prêmio [aquele] aluno.
07 – Submeterei [aqueles] alunos a uma prova.
08 – Reprovo [aquela] atitude.
09 – Encontrei-o [a] porta de minha casa.
10 – [A] noite, se reuniam para ouvi-lo.
11 – Sua aversão [a] estrangeiros era censurada.
12 - [As] dez e meia todos dormiam.
13 - Enviei a encomenda [a] Fernanda.
14 – Você vai [a] aula hoje?
15 – Não desobedeça [a] ninguém.
16 – Os guardas ficaram [a] uma grande distância.
17 - Os meninos chegaram [a] uma hora.


18 – Você entregou [a] encomenda [a] Dona Luísa?
19 – Você deu parabéns [a] Sua Alteza?
20 – Ofereci um presente [a] Carolina?

gabarito

1. E/2. E/3. D/4. D/5. C/6. B/7. C/8. B/9. A/10. B/ 11D/ 12E/ 13D/ 14A/ 15B
16. assembleias, ideia, Müller, estreia, Bocaiuva, plateia, apoio, heróis, troféus,
17. estreia, voo, Parnaíba, Piauí, leem, Müller, creem, Assembleias, pôde, têm, convém.




1 – O plano dos bandidos saiu às avessas (ao contrário).

02 – Não chegaram a saber (verbo) quem era a autoridade (o chefe).
03 – Encontramos os barcos às margens da lagoa. (ao leito)
04 – Fui a casa, mas voltei logo. (casa)
05 – Não fui àquela (a esta) farmácia.
06 – Entregamos o prêmio àquele (a este) aluno.
07 – Submeterei aqueles (estes) alunos a uma prova.
08 – Reprovo aquela (esta) atitude.
09 – Encontrei-o à porta de minha casa. (ao portão)
10 – À noite, se reuniam para ouvi-lo. (pela noite)
11 – Sua aversão a estrangeiros (masc.) era censurada.
12 - Às dez e meia todos dormiam. (ao meio-dia)
13 - Enviei a encomenda à Fernanda (ao Fernando).
14 – Você vai à aula hoje? (ao colégio)
15 – Não desobedeça a ninguém. (p. indefinido)
16 – Os guardas ficaram a uma grande distância. (uma)
17 - Os meninos chegaram à uma hora. (uma / hora)
18 – Você entregou a encomenda (o pedido) a Dona Luísa?
19 – Você deu parabéns a Sua Alteza? (p. tratamento)
20 – Ofereci um presente a ou à Carolina?
21 – Ela foi à (para a) Paraíba.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Redação: melhor prevenir do que remediar - Por Lucas Costa

A prevenção é muito importante para evitar problemas e situações indesejadas.
Começando pela família. Se os filhos dessem mais atenção aos pais, muitas fatalidades seriam evitadas e tudo estaria bem melhor.
Uma educação de qualidade traria benefícios para as crianças e adolescentes que seriam mais instruídos e se tornariam cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Não existiram tantas pessoas marginalizadas na sociedade.
O governo poderia investir em mais organizações e instituições sociais que ajudassem na orientação familiar, com professores, psicólogos, psicopedagogos e outros profissionais que orientassem pais e filhos. Com certeza isso diminuiria muito os conflitos familiares e a violência social, porque as famílias estariam mais estruturadas.
Se houvesse empregos de qualidade, os cidadãos viveriam melhor, comeriam bem, teriam lazer e qualidade de vida. A saúde da população melhoraria e não seria necessário tantos gastos com hospitais e postos de saúde.
As cadeias poderiam passar por projetos políticos. Projetos políticos e sociais que desenvolvessem a agricultura, atividades físicas, o lazer e a educação, para que os detentos tivessem outras opções de vida e não se transformassem em pessoas mais revoltadas com o mundo. Essa seria uma solução para a diminuição da violência social, pois os presos melhorariam seus comportamentos e sairiam pessoas melhores.
Remediar os problemas sociais custa caro e é mais complicado. O que fazer diante dos vários tipos de violência? Dos assassinatos, assaltos e outros problemas sociais? Talvez a prevenção seja o melhor caminho para evitar esses males sociais. É melhor investir na prevenção de situações degradáveis do que ter que procurar soluções para elas. Isso porque o remédio para essas questões pode ser muito doloroso, caro e muitas vezes de difícil acesso.





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

NEOLIBERALISMO


NEOLIBERALISMO


O Neoliberalismo é uma releitura do Liberalismo Clássico.
Embora o termo tenha sido cunhado em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow, ganhou efetiva aplicabilidade e reconhecimento na segunda metade do século XX, especialmente a partir da década de 1980. Nesta época, houve um grande crescimento da concorrência comercial, muito em função da supremacia que o captalismo buscava conquistar sobre o sistema socialista. Mesmo ainda no decorrer da Guerra Fria, as características do conflito já eram muito diferenciadas das existentes nos anos imediatamente posteriores ao fim da Segunda Guerra Mundial. A União Soviética  já havia se afundado em uma grave crise que apontava para o seu fim inevitável. Enquanto isso, o capitalismo consolidava-se como sistema superior e desfrutava de maior liberdade para determinar as regras do jogo econômico.
O crescimento comercial foi notório e, para enfrentar a concorrência, medidas foram tomadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. As principais características dessas medidas foram a redução dos investimentos na área social, ou seja, no que se refere à educação, saúde e previdência social. Ao mesmo tempo, adotou-se como prática também a privatização das empresas estatais, o que se aliou a uma perde de poder dos sindicatos. Passou-se a defender um modelo no qual o Estado não deveria intervir em nada na economia, deixando-a funcionar livremente. Ou seja, considerando-se as características do novo momento, uma releitura da forma clássica do Liberalismo.
O Neoliberalismo ganharia força e visibilidade com o Consenso de Washington, em 1989. Na ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os procedimentos do Neoliberalismo para todos os países, destacando que os investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados para as empresas. Esta prática, segundo eles, seria fundamental para movimentar a economia e, consequentemente, gerar melhores empregos e melhores salários. Houve ainda uma série de recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as quais reuniam: a redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura econômica para importações, a liberação para entrada do capital estrangeiro, privatização e desregulamentação da economia.
O objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida, alcançado com sucesso, pois vários países adotaram as proposições feitas. Só que muitos países não tinham condições de arcar com algumas delas, o que gerou uma grande demanda de empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Logo, criava-se todo um sistema de privilégios para os países desenvolvidos, pois as medidas neoliberais eram implementadas sob o monitoramento do FMI e toda essa abertura econômica favorecia claramente aos países ricos, capazes de comprar as empresas estatais e de investir dinheiro em outros mercados. Por outro lado, o argumento de defesa do Neoliberalismo diz que a abertura econômica é benéfica porque força à modernização das empresas. Entretanto, é preciso lembrar que muitas dessas empresas não tinham condições de se modernizar com tamanha rapidez e com tanto investimento, o que resultou em muitos empréstimos, incapacidade de pagamento, dívidas em crescimento, falência e, por sim, desemprego.
A partir da década de 1970, a supremacia do modelo capitalista sob o estagnado projeto de desenvolvimento dos países socialistas marcou uma nova fase da política internacional. Com o passar do tempo, o novo ritmo das empresas e mercados forçou uma repaginação dos moldes de orientação política do Estado para com a sua economia. A necessidade de crescimento constante passou a conviver com a elaboração de formas de se conter um possível colapso da economia mundial.
Foi assim que surgiram os primeiros teóricos da doutrina neoliberal. Para esses novos pensadores da economia, um governo só pode manter o equilíbrio dos preços do mercado interno fazendo uso de mecanismos de estabilização financeira e monetária, aliada a políticas que contém os índices de inflação e preserve as reservas cambiais do país. As liberdades de mercado continuam, mas as autoridades políticas devem conter os excessos do capital especulativo e dos grandes monopólios.
Outra faceta específica da política neoliberal também atinge diretamente a relação de gastos que o Estado mantém com as necessidades essenciais da sociedade civil. De acordo com tal teoria, os gastos públicos do governo neoliberal com educação, previdência social e outras ações de cunho assistencial devem ser reduzidas ao máximo. Caso essas demandas se ampliassem, o próprio desenvolvimento da economia proveria meios para que a sociedade civil resolvesse tais questões.
Entre as décadas de 1970 e 1980 observa-se que os primeiros governos neoliberais ganharam espaço no cenário político internacional. Ronald Reagan, nos Estados Unidos; Margaret Thatcher, no Reino Unido; e Helmut Kohl, na Alemanha são considerados os primeiros grandes precursores desse modelo de desenvolvimento. Logo em seguida, outras nações menos desenvolvidas, como Brasil e Argentina, tomaram medidas em favor desse novo molde.
No caso dos países subdesenvolvidos, a implantação do modelo neoliberal teve como maior manifestação a onda de privatizações que atingiram as empresas estatais. Argumentando que tal ação provocaria inevitável melhoria de alguns serviços essenciais, o governo realizava a venda dessas empresas para algum grupo econômico ou investidor particular. Contudo, ainda percebe-se que a redução das empresas públicas não foi acompanhada por um benefício proporcional.
De fato, o projeto neoliberal não conseguiu atingir as prometidas metas que deveria promover os sonhados tempos de desenvolvimento e modernização de certas nações. Ao entregar empresas do setor público para o capital privado, a situação de muitos trabalhadores esteve ameaçada pelo interesse de ampliação dos lucros e a redução do quadro de funcionários. Além disso, a necessidade de constante modernização e mecanização de serviços também fechou várias portas do mercado de trabalho.
Mediante essas contradições impostas pelo modelo de desenvolvimento neoliberal, nota-se a formação de movimentos de oposição que lutam pela ampliação dos programas de assistência social oferecidos pelo Estado. Nesse aspecto, a melhoria das condições de vida, o acesso à informação e qualidade de ensino seriam pressupostos inevitáveis para que o neoliberalismo – que não vem apresentando resultados nada satisfatórios – fosse remodelado pela ação de transformações democráticas.
 No Brasil, o Neoliberalismo foi adotado abertamente nos dois governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seus dois mandatos presidenciais houve várias privatizações de empresas estatais. Muito do dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da nova moeda brasileira, o Real, equivalente a do dólar. Assim, o Brasil passou pelo mesmo processo de venda de estatais, falências e desemprego.


A REVOLTA DOS MALÊS


O QUE FOI
A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.

CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


         Os revoltosos, em 1835, na Bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  

A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA
Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.

Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano".



O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.






























O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.


Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano.






O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.




































O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.


Curiosidades


O termo “malê” é de origem africana  (ioruba) e significa “o muçulmano.






O escritor Rex Schindler escreveu o livro “O Massacre dos Malês", focalizando as lutas pela independência em terras da Bahia. O massacre da comunidade Malê, organizadíssima socialmente porque falava árabe, cultuava o islamismo e possuia banco e aposentadoria para os escravos de ganho malês; e a Sabinada, onde Sabino Vieira conseguiu o apoio de comandantes militares citadinos para criar a República Federativa da Bahia contra o império usurpador, como aconteceu na América do Norte.






































O QUE FOI


A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, a qual registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.


CAUSAS E OBJETIVOS DA REVOLTA


Os revoltosos, em 1835, na bahia, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.




O PLANO DE AÇÃO DOS MALÊS


Planejada por elementos que possuíam experiência anterior de combate, na África, de maneira geral, os malês propunham o fim do catolicismo - religião que lhes era imposta -, o assassinato e confisco dos bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros).
De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro da Barra), para Itapagipe, onde se reuniriam ao restante das forças.Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.  






A REPRESSÃO PELAS AUTORIDADES E O FIM DA REVOLTA


Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. As autoridades se organizaram com rapidez, conseguindo repelir os ataques aos quartéis de Salvador, colocando em fuga os revoltosos. Ao procurar sair da cidade, um grupo de mais de quinhentos revoltosos, entre escravos e libertos, foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água dos Meninos, onde se deram os combates decisivos, vencidos pelas forças oficiais, mais numerosas e bem armadas.
No confronto morreram sete integrantes das tropas oficiais e setenta do lado dos revoltosos. Duzentos e oitenta e um, entre escravos e libertos, foram detidos no Forte do Mar e levados aos tribunais. Suas condenações variaram entre a pena de morte para quatro dos principais líderes, os trabalhos forçados, o degredo e os tacos.
Entre os pertences dos líderes foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas.
À época, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas da capital e de praticar as suas cerimônias religiosas.
Apesar de rapidamente controlada, a Revolta dos Malês serviu para demonstrar às autoridades e às elites o potencial de contestação e rebelião que envolvia a manutenção do regime vigente, ameaça que esteve sempre presente durante todo o Período Regencial e se estendeu pelo Governo diário de D. Pedro II.
































COMUNIDADE



Comunidade é um conjunto de pessoas que se organizam sob um mesmo grupo de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico. Os estudantes que vivem no mesmo dormitório podem formar uma comunidade, assim como as pessoas que vivem no mesmo bairro, aldeia ou cidade. Um bairro é considerado uma comunidade ou região dentro de uma cidade ou município, sendo a unidade mínima de  urbanização existente na maioria das cidades do mundo.Fichter, 1967 em suas definições, para uso didático, ressalta que se trata de uma palavra rodeada de significados múltiplos, desta forma requer uma cuidadosa definição técnica, ao que propõe: comunidade é um grupo territorial de indivíduos com relações recíprocas, que servem de meios comuns para lograr fins comuns.
A palavra comunidade tem origem no termo latim communĭtas. O conceito refere-se à qualidade daquilo que é comum, pelo que permite definir distintos tipos de conjuntos: das pessoas que fazem parte de uma população, de uma região ou nação; das nações que se encontram unidas por acordos políticos e econômicos (como a Comunidade Europeia ou o Mercosul/Mercado Comum do Sul); ou de pessoas vinculadas por interesses comuns (como é o caso da comunidade católica).
Quanto à constituição, pode-se dizer que uma comunidade é um grupo de seres humanos que partilham elementos em comum, como o idioma, os costumes, a localização geográfica, a visão do mundo ou os valores, por exemplo. No seio de uma comunidade, é hábito criar-se uma identidade comum mediante a diferenciação de outro(a)s grupos ou comunidades.
As necessidades de uma comunidade podem ser relacionadas às necessidades básicas do próprio ser humano: fisiológicas, segurança, afetividade (amor e relacionamentos), estima e auto-realização. As necessidades fisiológicas se referem à comida, bebida, ar, sono, lazer, saúde, educação etc.
A necessidade de segurança diz respeito ao sentimento de proteção, sem ameaças de ordem física, psíquica ou social. Essa inclui a habitação que proporciona o conforto físico. O meio ambiente de uma comunidade deve ser livre de agentes agressores físicos, químicos e biológicos; deve possuir saneamento básico, iluminação, pavimentação, controle de insetos e roedores, coleta de lixo, enfim, uma infra-estrutura básica que permita ao cidadão viver dignamente.
A necessidade de afetividade é o fato de que as pessoas em geral e de uma comunidade precisam de amor e afeição, de sentir que pertencem a um grupo social, precisam ter à sua volta pessoas (família, amigos, professores, etc.) com quem possam compartilhar suas alegrias e tristezas, suas ansiedades e suas dúvidas.
A necessidade de auto-estima significa “valorização de si mesmo; amor próprio”. As pessoas devem se sentir bem em relação a si próprias, e orgulhosas quanto às suas habilidades e realizações. A auto-estima elevada é um motivador poderoso do comportamento saudável.
A auto-realização representa a ânsia de continuar a crescer e mudar, de trabalhar por novos objetivos, de desenvolver talentos, de cultivar seus potenciais.